quinta-feira, 31 de julho de 2014

Pavilhão da Espanha - Expo Milão 2015

A Linguagem do Sabor” é o nome do pavilhão da Espanha para a Expo Milão 2015 que está sendo desenvolvido pelo escritório b720 Fermín Vázquez Arquitectos.
O projeto tem mais de dois mil metros quadrados apresenta uma volumetria retilínea simples a fim de criar um espaço permeável e flexível.
Disposto no centro da exposição, o volume é estruturado a partir de vigas modulares de madeira coordenadas com outros materiais como cortiça, esparto e aço inoxidável reflexível, utilizado em referência ao vinho e azeite, produtos tradicionais que fazem parte da cultura espanhola.
 




 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Museu de Ciências Naturais (Blau) - Barcelona (Espanha)

Museu Blau, o grande prisma triangular é obra do escritório de arquitetura suíço Herzog & de Meuron. Ocupa uma área de 9.000 m2 de área construída, distribuída em dois blocos e exibe uma incrível coleção sobre o planeta e a sua diversidade  biológica e geológica. Os arquitetos Herzog & de Meuron e o Museu de Ciências Naturais de Barcelona, contrataram a YDreams para conceber e  implementar ferramentas interativas que oferecessem aos visitantes uma  forma envolvente e divertida de explorar os conteúdos da exposição.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 27 de julho de 2014

O Peixe

Construído em 1992 para os Jogos Olímpicos, localizado acima da Vila Olimpica em Barcelona (Espanha), a escultura monumental de peixe consiste em um complexo de varejo criada pelo premiado arquiteto canadense Frank Gehry, contemporâneo quase tocando o desconstrutivismo. A escultura foi modelada inteiramente em 3D, e entregue diretamente para os fabricantes como um modelo 3D.
 




 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Envoltória e ganhos de eficiência

 
Desempenho das fachadas visando a diminuição de carga térmica é ponto importante no projeto
 
O consumo de energia em edificações está relacionado aos ganhos ou perdas de calor associados à carga interna gerada pela insolação, ocupação, uso de equipamentos e iluminação artificial.
Dentre as várias soluções que proporcionam eficiência a um edifício algumas são relevantes, como os estudos climáticos do local, que definirão a correta orientação das faces do edifício para aproveitar as correntes de vento e proteger as faces leste, norte e oeste da incidência direta dos raios solares, o uso correto da iluminação e ventilação natural, com ganhos significativos tanto energéticos como financeiros.
 
A avaliação da quantidade e localização dos raios solares recebidos por cada fachada define, por exemplo, o tamanho e a localização das janelas na edificação e como se deve protegê-las dessa carga solar em função da economia nos sistemas de iluminação e condicionamento de ar.
Edificações eficientes devem ser planejadas e estudadas para alcançarem o seu melhor desempenho de acordo com as necessidades de cada ambiente, sendo que a principal ação para um projeto correto é o estudo climático do local que definirá os passos seguintes, como a escolha dos materiais e tecnologias mais adequados.
Uma vez consideradas as condições do entorno através de um estudo bioclimático, é possível traçar diretrizes em projeto que apontem resultados satisfatórios de conforto ambiental, torna-se imprescindível a previsão de elementos para proteger as fachadas mais expostas à incidência solar utilizando-se de sombreamento, isolamento térmico e redirecionamento da luz através de brises ou grandes panos de vidro, permitindo a entrada seletiva da luz refletida pelo entorno, sem prejuízo do conforto.
Dantas acrescenta que essas decisões de projeto devem ser criteriosamente definidas já nas fases iniciais e detalhadas ao longo do processo. Em linhas gerais, 20% da carga térmica de um sistema de ar condicionado representa a transmissão através da envoltória. Considerando superfícies opacas e superfícies transparentes. A transmissão de calor pelas superfícies opacas não traz nenhum benefício, pois ela não vem acompanhada da iluminação, o que ocorre nas superfícies transparentes. Então a aplicação do isolamento térmico nas paredes externas é algo vantajoso, e possui um custo benefício extremo, com aproximadamente seis meses para recuperar o investimento do isolamento com a economia de energia.
 
Desempenho das fachadas
O estudo realizado para o Edifício Cidade Nova I, localizado no Rio de Janeiro (RJ), onde um dos pontos de maior importância do projeto foi o desempenho das fachadas, tanto do ponto de vista da redução do consumo de energia no ar condicionado quanto pela luz natural e conforto visual dos ocupantes.
Conciliar os três parâmetros acima foi um desafio da equipe, e foi alcançado por meio da dupla fachada ventilada. Nesta solução, todas as fachadas são dotadas de vidros duplos, com um espaço de ar de 60 cm entre eles (aberto nas partes inferior e superior), com ventilação por convecção natural em função do aquecimento dos próprios vidros pela radiação solar. Desta forma, a energia radiante solar ao ser absorvida pelos vidros externos de alto coeficiente de absorção, aumenta consideravelmente sua temperatura, provocando correntes naturais de ar entre as duas placas de vidro. Este fluxo natural de ar ascendente é possível, pois o espaço entre os vidros externos e internos é aberto em cima e em baixo, permitindo livre circulação de ar entre eles como o exemplo da Figura 1.

O coeficiente de sombreamento das fachadas foi de 0,18, valor  baixo (isto significa que em comparação a um vidro comum somente 18% da radiação solar incidente se transforma em carga térmica nos ambientes condicionados).
Além de reduzir a carga radiante sobre os vidros, também o fluxo de calor para as paredes externas é reduzido, pois o vidro externo protege a superfície das paredes contra a radiação solar direta, diminuindo o diferencial equivalente de temperatura (importante elemento do cálculo do ganho de calor nas paredes externas).
Um artigo publicado na revista da Ashrae, “Ventilating Facades”, estudou detalhadamente diferentes combinações de vidros e sistemas de circulação de ar em fachadas ventiladas, como mostra a Figura 2, exatamente o executado no Edifício Cidade Nova I. Os resultados apresentados são tão interessantes quanto os que obtivemos no projeto Cidade Nova I, mostrando que este tipo de solução tem elevada atratividade, tanto para o conforto dos ocupantes quanto para a eficiência energética.
Além da área envidraçada das fachadas o edifício conta com uma claraboia de cerca de 900 m2 que cobre todo o átrio central. Esta área de vidro (também com vidros de baixo SC) tem persianas automáticas que se fecham nos horários em que é detectada a insolação direta nos vidros.
Um colchão de ar naturalmente estratificado permanece imóvel sob os vidros da claraboia e age como isolante térmico, sendo um eficiente redutor da carga térmica por diferença de temperatura (transmissão de calor). A área do átrio é condicionada somente no nível de ocupação (no térreo), e o restante do volume não é termicamente tratado, com as passarelas de circulação nos pavimentos fechadas por vidros.
Todos estes fatores foram levados em consideração na preparação da documentação do envelope (envoltória) da edificação, item de vital importância na análise de desempenho para a certificação LEED.
Um estudo em projeto também foi realizado no Edifício Cidade Nova II, onde optou-se por fachadas com dupla pele de vidro e vidros de baixa emissividade (Low-e). Sua volumetria é composta por seis fachadas externas com panos de vidro, e quatro internas, voltadas para um átrio protegido por uma claraboia de vidro; quando há necessidade de sombreamento, uma persiana é acionada por sistema automatizado. A claraboia funciona como uma imensa bolha de ar quente, forçando o ar frio a descer e refrescar o ambiente. Durante a noite, quando o ar condicionado é desligado, o ar frio que vem de fora também ajuda a reduzir a temperatura interna.
 
Amplitude térmica da edificação
Outras estratégias que beneficiam a redução da carga térmica no ambiente podem ser consideradas, dependendo do clima e região. Em regiões com amplitude térmica muito grande, é possível modular as taxas de ventilação natural no período noturno.
Em tal situação a edificação deverá ter uma grande massa construtiva. Já nas regiões onde isso não acontece é mais importante o isolamento térmico, não o de massa, mas o isolamento propriamente dito, para evitar a penetração do calor durante o dia, já que não existirá a contrapartida da temperatura noturna baixa, para o arrefecimento da massa da edificação; neste caso seria uma construção leve e com materiais com grande resistência térmica.
Em regiões com amplitude térmica, é salutar uma ventilação que favoreça o esfriamento da massa da edificação no período noturno e, no dia seguinte quando começar a operação, com essa massa resfriada é possível utilizar o sistema de climatização entre 4°C ou 5°C abaixo da temperatura normal durante o dia. Essas edificações realmente são especiais, em função do clima, mas acho que deve ter uma boa massa construtiva, que pudesse fazer uso do volante térmico armazenado, recebendo a ventilação noturna de baixa temperatura, armazenando frio, e cedendo esse frio no dia seguinte para a operação do sistema de climatização. Seria um ciclo economizador, ou até um processo de termoacumulação sazonal, onde a própria massa da edificação é utilizada para fazer o armazenamento. Um pouco diferente da termoacumulação tradicional que usa gelo ou água. É algo que deve ser estimulado, maximizar essa estratégia utilizando o processo de frio radiante, tubulações de pequeno diâmetro embutidas nos pisos e nas paredes, durante o período noturno possa ser resfriada por um sistema de água, fazendo um resfriamento mais profundo da massa da edificação, e no outro dia usar o processo de refrigeração mecânica, com a água na temperatura entre 15°C a 16°C. Se for clima seco, existirá a possibilidade de, durante o dia, numa temperatura de 30°C e umidade absoluta de 5 g/kg, através de um processo de resfriamento evaporativo, obter em torno de 12°C a 13°C”.


Vidro duplo Low-e protege a superfície das paredes contra a radiação solar direta

Resfriamento passivo
A geotermia em circuito semiaberto consiste em tubulações de água enroladas no solo a aproximadamente 3 ou 4 metros de profundidade, ou seja um circuito de resfriamento onde a água passa por um trocador que resfria o ar. Com esse sistema essa água pode resfriar, por exemplo, o piso, ou as paredes, ou mesmo o teto. Tendo esse fornecimento de água a uma determinada temperatura, posso usá-la da maneira que quiser. Dependendo da temperatura e da vazão, a parede vai receber uma radiação um pouco mais intensa, e retirar o calor jogando para o forro, reduzindo a temperatura no forro para diminuir a insolação que chega pelo teto.
Em relação a envoltória, é preciso ter uma inércia maior das paredes, para diminuir a entrada de calor, no teto também.
Mas se trabalhar corretamente, por exemplo, o teto da casa, fazendo um bom isolamento e garantindo uma boa ventilação natural, que também ajuda no processo, essa geotermia complementa e permite uma melhoria de conforto, abrindo mão do ar condicionado. Claro que em alguns momentos do dia você terá um desconforto, conseguimos 80% de conforto, das horas ocupadas. É um equilíbrio entre gastar menos (os 30% a mais do ar condicionado) e o conforto. Deve ser feita também uma análise econômica, se colocar um split você terá conforto, mas sua casa terá um consumo de energia maior. Voltando para o assunto da envoltória, é isso: começar a poder trabalhar melhor os materiais do prédio, ou da residência; aproveitar a envoltória, junto com o clima, em prol da melhoria do conforto e do desempenho da edificação. O pessoal ainda está muito tímido nesses aspectos, algumas coisas estão sendo feitas, mas ainda é pouco.
 
Simulação energética
Um importante item é a simulação do desempenho energético. Esta, entretanto, não é uma tarefa simples de ser desempenhada, de forma a explorar toda a potencialidade do projeto. O desempenho energético é a área com maior capacidade de obtenção dos importantes pontos de classificação, porém requer elevado conhecimento das características e detalhes de toda a edificação.
É, portanto, de vital importância a simulação energética adequada e precisa, tomando partido dos importantes pontos de diferenciação do projeto. Trata-se de um modelo computacional no qual todos os processos térmicos e energéticos são contabilizados e integrados entre si. Por exemplo, sistema de condicionamento de ar, cargas internas (pessoas, equipamentos e iluminação), fechamentos opacos e transparentes, painéis fotovoltaicos, iluminação natural, entre outros. Basicamente, o procedimento de simulação computacional permite modelar uma edificação antes de a mesma ser construída ou reformada, permitindo que diferentes alternativas e estratégias sejam investigadas e comparadas entre si, podendo conduzir à otimização do projeto ou de determinados processos.
 
Isolamento térmico
A disposição dos elementos utilizados na envoltória, aliada à natureza das matérias-primas e seus respectivos coeficientes de isolamento térmico é, com certeza, o elemento mais decisivo para o desempenho térmico de uma edificação.
Número de aberturas, incidência de sol e sombra, e outras ferramentas da chamada arquitetura passiva, e, os níveis de absortância de paredes e coberturas, influenciam diretamente os resultados de eficiência energética das edificações, levando-se em conta também características climáticas de cada região. Foi justamente devido a essa importância que o Inmetro, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) lançou a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), uma ferramenta confiável para medição do potencial alcançável por meio de melhoramentos na envoltória direcionados por metas de ganho energético.
 
A região onde mais há troca de calor devido a incidência direta do sol é na cobertura da edificação e com a instalação da telha térmica, essa troca de calor se reduz muito em relação a coberturas convencionais.  
Dependendo do tipo de fechamento haverá maior ou menor consumo de energia, portanto deve se levar em conta o que utilizar na envoltória a fim de conseguir a eficiência energética necessária, utilizando produtos que diminuam a entrada de calor no ambiente, e que além da função prática de fechamento, possua outras funções como acabamento pronto. A aplicação de painel constituído de duas camadas de aço com núcleo de poliuretano que impede a entrada de calor no ambiente, com isso a carga térmica a ser retirada do ambiente é menor, demandando uma quantidade menor de aparelhos para climatização, e consequentemente o consumo de energia. Seu grande impacto se dá pela redução de consumo de energia (ar condicionado), rapidez nas montagens, estética, estruturas mais leves e acabamento perfeito.

(Ana Paula Basile Pinheiro - editora da revista Climatização+Refrigeração)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Casa em Meran (Itália)

Casa construída pela empresa "M House M", projeto da "SUV Architecture + Design", localizada em Meran, Itália.  Obra concluída no ano de 2012, com um projeto que combinar perfeitamente os espaços internos e externos.


 



 



 























 



 
 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Isolamento para linhas de água gelada: Propriedades e qualidades

Isolamento nas linhas de fluidos em sistemas de água gelada proporciona resistência à difusão de vapor de água
 
O isolamento nas linhas de fluidos em sistemas de água gelada proporciona resistência à difusão de vapor de água incorporada ao material, seja ele cobre, alumínio, aço, PPR, etc.
“O sistema de isolamento térmico mais adequado para tubulações de água gelada em qualquer um dos materiais citados é a espuma elastomerica, no caso, o Armaflex. Trata-se de um isolamento de fácil aplicação e que tem resistência à difusão de vapor de água incorporada ao material. Por não serem necessárias barreiras de vapor adicionais, a aplicação desse sistema é mais rápida e limpa. Outra grande vantagem é a durabilidade de suas características técnicas, em função da barreira de vapor incorporada e da tecnologia de proteção antimicrobiana ativa Microban. Este isolamento pode ser utilizado normalmente em sistemas que operam desde -50°C até +110°C. Para temperaturas acima ou abaixo dessa faixa, temos outras soluções. Por ser sensível à radiação UV, deve ser protegido dos raios solares quando utilizado em instalações em ambientes externos, e é indicado para tubulações em todos os tipos de materiais. Para revestir tubulações com diâmetros de até 168 mm, deve ser usado o isolamento na forma de tubos, enquanto para tubulações maiores, tanques e equipamentos é recomendado o uso de mantas. Todas as emendas são feitas com um adesivo próprio que garante a estanqueidade de todo o sistema de isolamento. No caso específico das tubulações de PPR, em que as conexões têm diâmetros consideravelmente maiores do que as tubulações, o instalador pode utilizar o produto com a medida adequada para cada trecho da instalação. O adesivo que utilizamos para fazer as emendas no isolamento, também é compatível com o PPR.
 
As tubulações de PPR vêm sendo utilizadas em algumas aplicações no segmento de refrigeração comercial pela rapidez de sua instalação, além de importantes benefícios em termos de eficiência no isolamento.
No que se refere às funções do isolamento térmico em sistemas de água, a condutividade térmica do PPR é menor do que a dos metais.  Deve ficar claro, porém, que essa condutividade não é suficientemente baixa para levar a uma redução significativa da espessura do isolamento térmico para o controle da condensação superficial nas instalações desses sistemas de água gelada ou outros fluidos a baixas temperaturas.
Os diversos materiais utilizados na fabricação de tubos, quer sejam metálicos (ferrosos ou não-ferrosos) ou plásticos (PPR ou CPVC), possuem propriedades e qualidades distintas. Dessa forma, a escolha do tipo de tubo mais adequado está diretamente relacionada com os requisitos técnico/econômicos de cada projeto, que deve levar em consideração uma série de fatores, tais como: a natureza e temperatura do fluido transportado, para que não agrida o material da tubulação ou não seja contaminado por ele; resistência mecânica; fator de atrito, que pode levar a queda na pressão do sistema e, com isso, comprometer os demais componentes, contribuindo para o seu desgaste prematuro e elevando os custos operacionais da instalação; resistência química; resistência à corrosão; coeficiente de dilatação ou retração; densidade; disponibilidade de bitolas; facilidade na aplicação, em função, também, da configuração da instalação; tempo de vida útil; custos, tanto do material como de sua aplicação e manutenção etc.
Quando o projeto preestabelece um diferencial entre a temperatura operacional interna do fluido (que transcorre pela tubulação) e a temperatura externa ou ambiente, fica caracterizado que haverá um fluxo de calor da temperatura mais alta para a mais baixa. O isolamento térmico tem como objetivo criar uma resistência térmica entre esses dois meios, reduzindo o máximo possível essa transmissão de calor para assegurar que a temperatura operacional se mantenha dentro do valor preestabelecido.
Ao isolar tubulações, deve-se levar em consideração o tipo de material e a temperatura do fluido
No caso de sistemas de climatização e refrigeração, onde as temperaturas operacionais são abaixo da temperatura ambiente, além do fluxo de calor do meio externo para o interno, poderá ocorrer a condensação superficial e, principalmente, haverá migração do vapor de água contido no ar externo, que tende a se deslocar da zona de maior pressão parcial de vapor (a que está à maior temperatura – externa ao isolamento) para a de menor pressão de vapor (temperatura mais baixa - interna ao isolamento), ocasionando a condensação interna ou intersticial e umedecendo o isolamento. Dessa forma, o isolamento térmico, além de proporcionar uma redução nos ganhos de calor, deverá ser dimensionado para que a sua temperatura superficial seja superior à temperatura de ponto de orvalho, do ambiente em que se encontra a instalação e, sobretudo, que promova uma efetiva barreira de vapor. Assim, o isolamento térmico, além de garantir o bom funcionamento da instalação, evitando a sobrecarga de todos os demais componentes desses sistemas na manutenção da temperatura operacional, dentro do valor preestabelecido, irá também assegurar o benefício da economia de energia, de forma efetiva, ao longo de todo o seu tempo de operação.
Com a crescente demanda de tubulações de plástico rígido de alta densidade como o CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) e o PPR (Polipropileno Copolímero Random), que possuem valores de condutividade térmica muito menor aos das tubulações metálicas, o mercado vem sendo induzido a acreditar que o isolamento térmico é totalmente dispensável ou que a sua espessura pode ser reduzida, em função disso.
Cabe esclarecer que, embora a condutividade térmica dos tubos de plástico seja mais baixa, ela está muito acima dos valores estabelecidos para um material considerado como isolante térmico e, além disso, a densidade desses materiais é muitas vezes superior a de qualquer material isolante térmico, o que resulta, também, numa energia armazenada muito maior.
As tubulações de plástico possuem emissividade maior que as tubulações metálicas e quando comparadas, sem isolamento, tem-se a impressão que as de plástico estão promovendo certo isolamento, porém os cálculos atestam que as perdas energéticas de ambas são altas e o diferencial entre elas é praticamente desprezível. Como a tubulação de plástico tem uma espessura delgada e não possui as propriedades de um material isolante térmico, a sua contribuição na redução da espessura do isolamento é insignificante: algo em torno de décimos de milímetro, se comparada com uma tubulação metálica isolada com a mesma resistência térmica. Na prática, isso significa que a espessura necessária de isolamento não é afetada. Os tubos isolantes disponíveis no mercado são fabricados em classes de espessuras predefinidas com incrementos de 5 mm ou mais, dependendo do tipo de material. Para que se pudesse passar de uma classe de espessura para uma imediatamente inferior, sem alterar a eficiência do sistema, seria necessário que a contribuição da tubulação de plástico na redução da espessura do isolamento fosse, no mínimo, igual ao incremento entre uma classe e outra, o que evidentemente jamais acontecerá. Em resumo, as propriedades de isolamento térmico das tubulações de plástico são tão insignificantes que, na prática, têm efeito mínimo ou quase inexistente sobre aredução nas perdas de calor e na espessura do isolamento. Os materiais isolantes em espuma depolietileno de baixa densidade expandido Polipex ou em espuma elastomerica K-FLEX, empregados nos sistemas de climatização, além de serem compatíveis os materiais metálicos e plásticos das tubulações, são flexíveis, o que lhes permite adaptar-se às mais complexas configurações e são os únicos, dentre os isolantes tradicionalmente utilizados nesses sistemas, fabricados em tubos pré-formados disponíveis em diversas bitolas e espessuras. Embora as propriedades e o comportamento ao longo do tempo das espumas de polietileno de baixa densidade expandido e das espumas elastoméricas sejam comprovadamente superiores aos demais materiais isolantes, o bom funcionamento do sistema e os benefícios proporcionados por esses materiais dependem, fundamentalmente, de sua correta aplicação, em conformidade com os procedimentos recomendados e na utilização de materiais complementares compatíveis. De uma forma geral, deve-se tomar cuidado especial com a estanqueidade do sistema, mantendo homogênea a espessura do isolante, evitando zonas comprimidas e de pouca ventilação que favorecem o acúmulo de umidade.
Para garantir a estanqueidade do sistema contra perdas ou ganhos energéticos, penetração de umidade e difusão do vapor de água, todas e quaisquer juntas deverão ser coladas e seladas adequadamente, dentro dos procedimentos recomendados, utilizando-se os adesivos especiais.
Nos pontos de apoio e sustentação da tubulação é recomendável instalar os suportes estruturados, especialmente desenvolvidos para garantir a estanqueidade e preservar a integridade da espessura do isolamento, evitando pontes térmicas e condensações localizadas. Em instalações externas ou em locais onde possa ocorrer a incidência de luz solar deve-se utilizar os tubos isolantes UV ou aplicar, posteriormente, a tinta emborrachada. Para proporcionar resistências mecânica e aos raios UV, além da tradicional linha plus uv, acabamos de trazer dos EUA um laminado composto de 3 camadas (PVC/Alumínio/Mylar®). Não é poroso, além de isento de fibras, CFC e HCFC. Tem o certificado Green Guard ® como um material de baixo COV, cumprindo os critérios de classificação “Chilrem and Schools” e Qualidade do Ar Interior.
Materiais isolantes adaptam-se as mais diversas configurações
As funções do chicote hidrônico: produto composto de tubo PEX (Polietileno reticulado flexível), com isolamento Vidoflex, e conexões. O isolamento é dimensionado conforme a necessidade local (temperatura / umidade / temperatura do fluido),  e o mesmo acontece com as conexões, que são fornecidas conforme as características de cada obra. A maior aplicação está nas interligações entre os ramais principais e componentes,  como fancoils, por exemplo.
A aplicação é muito simples, apenas deixando para o instalador o trabalho de rosquear as conexões aos ramais e equipamentos.
Uma vantagem é, sem dúvida, o custo se comparado as alternativas em mangueiras que existem hoje no mercado, mas além do custo,  devemos  aliar toda praticidade para o controle do fluxo de material em obra, simplificando todo o processo de gerenciamento.  Outra vantagem é que esse sistema,  permite a utilização de anticongelantes a base de polialcoois como glicol, etileno glicol e seus derivados. Como podemos fornecer o material  em forma de Kit,  nas quantidades e dimensões que o usuário necessita, o ganho em tempo de  execução de obra é muito grande, mas caso o usuário faça a opção pela montagem em campo, podemos fornecer todos os componentes separados e ferramental para que ele mesmo execute a montagem conforme as necessidades peculiares da obra.
 
Segurança das tubulações
A contribuição das válvulas de alívio/bloqueio para a condução de água gelada em sistemas de climatização.
As válvulas de alívio de pressão, em muitas ocasiões, são denominadas válvulas de segurança, visto que seu projeto e função estabelecerão como princípio a proteção do sistema, incluindo operadores e patrimônios quando falamos de altas pressões. Basicamente tem como atividade evitar mecanicamente que ocorram variações indesejáveis no sistema e que possam comprometer a operação ótima a qual os equipamentos foram projetados dentro de uma faixa aceitável de pressão, velocidade de escoamento, segurança, entre outros. Porém, as válvulas de alívio têm uma grande contribuição e são essenciais para evitarmos eventuais rupturas ou danos as instalações devido ao excesso de pressão, por exemplo, em vasos de pressão, compressores e/ou bombeadores, trocadores de calor e nas tubulações propriamente ditas.
Já as válvulas de bloqueio são geralmente mais simples do que as válvulas de controle, e teêm como sua principal função isolar os componentes do sistema e/ou bloquear o fluxo de um fluido refrigerante. Existem diversos tipos e modelos de válvulas de bloqueio que basicamente são operadas manualmente ou automaticamente via comandos elétricos, pneumático ou até mesmo através de um piloto pelo fluido pressurizado. Em geral, essas válvulas possuem um controle básico do tipo "On/Off", ou seja, deixa passar tudo ou simplesmente interrompe o fluxo do fluido. Porém, em muitas instalações existe a possibilidade de interromper o fluxo/ bloquear para um sentido e realizar um by-pass para outro local o sistema, atribuindo assim o uso de uma válvula de 3 vias ao invés da convencional 2 vias. Para essa utilização deve-se levar em conta um estudo rigoroso de viabilidade técnica x custo e obviamente eficiência energética.
Quando falamos em válvulas de bloqueio, todos os usuários de instalações com água gelada, como por exemplo, hotéis, prédios comerciais, indústrias, hospitais, entre outros; necessitam utilizar em seus mais diversos sistemas, visto as vantagens e benefícios citados abaixo. Já as válvulas de alívio de pressão como sistema de emergência, ainda são largamente utilizadas como uma dualidade de uma possível proteção elétrica. Para sistemas de água gelada, seu uso é bastante utilizado para uma equalização das pressões afim de que haja uma redução da pressão que poderia ser danosa a instalação, ocasionando rupturas, consumo excessivo, desperdício de energia e ineficiência do sistema. Alguns projetistas optam por dimensionar um by-pass, evitando o uso de válvulas de alívio, ou utilizam o conceito de pressão independente de controle, estabilizando o sistema consumidor e com o auxílio de um variador de frequência instalado à bomba/compressor, reduz-se a compressão do fluido refrigerante evitando desperdícios, aumentando a eficiência energética do sistema como um todo.
Válvulas de alívio ou bloqueio garantem segurança para as tubulações
Algumas vantagens e limitações na aplicação:
- Válvulas de Bloqueio
Vantagens: Possibilidade de intervenção na instalação, como por exemplo, uma manutenção, pois haverá um local onde poderemos fechar e bloquear o fluxo de fluido; Vedação emergencial em caso de panes ou problemas no sistema; Possibilidade de expansão do sistema atual, sem que haja grandes obras; Backup em caso de falha do sistema de controle automático, sendo possível realizar pequenas manobras para habilitar o processo.
Desvantagens/ Sugestões Importantes: Cuidado no dimensionamento da válvula, e principalmente na localização de instalação da mesma no sistema; Lembrar que na atividade de bloqueio, principalmente de um fluido sobre pressão, essa função é crítica e pode gerar sintomas indesejáveis caso sejam efetuadas de forma errada, como: aumento súbito de pressão, microbolhas, entre outros; Analisar a posição de atuação da mesma, e indicar através de manuais e indicadores a posição e função da válvula quando aberta e fechada; Manutenção e testes periódicos da válvula.

Para cada tipo de instalação e sistema, deve ser analisado aspectos básicos, e que muitas vezes nos pegam desprevenidos:
            a) Pressão de trabalho = pois em caso de pressão excessiva, a válvula poderá não suportar;
            b) Tipo de conexão = avaliar se a tubulação e material deverá ser soldado, rosqueado ou até mesmo flangeado;
            c) Tipo de fluido = pois cada fluido possui uma propriedade de escoamento e composição, sendo que em muitos casos necessita-se de válvulas especiais.
Válvulas de Alívio
Vantagens: Possibilidade de gerenciar uma pressão de trabalho confiável, estável e segura; Realizar um alívio na pressão excessiva que em muitos casos seria prejudicial ao sistema.
Desvantagens/ Sugestões Importantes: Seriam as mesmas das válvulas de bloqueio com acréscimo dos itens:
- Regulagem ao ponto de ajuste correto de cada sistema ou projeto;
- Como trata-se de um item que em muitos casos é utilizado como emergência, devemos analisar a possibilidade de contar com um backup em caso de falha da válvula principal;
- Verificar e ter certeza do objetivo da válvula e quais pontos da instalação esta válvula irá atuar.
 
 (Ana Paula Basile Pinheiro - editora da revista Climatização+Refrigeração)